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LEWANDOWSKI PASSARÁ
A SE OCUPAR DA LAVA JATO
Na
próxima segunda-feira (12), Ricardo Lewandowski entregará à colega Cármen Lucia
o trono de presidente do Supremo Tribunal Federal. Com a ascensão da ministra,
abre-se na segunda turma da Corte uma vaga. Respeitado o regimento interno do
tribunal, ela deve ser ocupada por Lewandowski.
É
na segunda turma que correm os processos relacionados à Operação Lava Jato.
Significa dizer que, depois de referendar a manobra que resultou no impeachment
meia-sola de Dilma — deposição sem inabilitação — Lewandowski colocará toda a
ciência do seu Direito a serviço da operação que levou à janela os glúteos da
oligarquia política e empresarial do país. Vêm aí fortes emoções. (JS)
JOSIAS DE SOUZA É JORNALISTA |
FHC APÓIA JOÃO DORIA
POR “DEVER” PARTIDÁRIO
Presidente
de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso dispensa a João Doria, o candidato
tucano à prefeitura de São Paulo, o mesmo tipo de deferência que todo mundo
deve a um familiar. Mal comparando, FHC trata Doria com o carinho protocolar
que devotaria a um primo que, se não é bom, pelo menos é parente.
Em
entrevista com FHC, o repórter perguntou o porquê da demora em declarar apoio a
Doria. “O meu candidato era o Andrea Matarazzo, o João Doria sabe disso”,
declarou. Preterido, Andrea bateu asas para o PSD e tornou-se candidato a
vice-prefeito na chapa encabeçada pela ex-petista Marta Suplicy, hoje no PMDB.
Dono
de uma lábia fluida, FHC chegou a tropeçar nas palavras ao falar sobre Doria.
Engatando uma primeira marcha, disse: “No meu caso, eu não tenho alterna…”
Súbito, pisou no freio. Deu marcha à ré. E ajustou o rumo da prosa: “Não é que
eu não tenha alternativa, é meu dever apoiar o PSDB e o candidato. Na hora
necessária eu direi isso.”
Ou
seja: como uma espécie de patriarca do ninho, FHC apóia Doria por imposição
familiar — ou por “dever” partidário. Em casos assim, o apoio costuma ser
acrítico. O único defeito que a solidariedade familiar não cobre é dar a mãe
como garantia num empréstimo. E esse crime, o candidato-empresário, que se
saiba, não cometeu. (JS)
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