quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O CANTO DE VÓLIA

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EU E A TRISTEZA


Hoje a irmã tristeza pediu a minha companhia...

Não é sempre que isso acontece,
Normalmente andamos de mãos dadas,
Eu e a alegria.

Porém, hoje a tristeza foi chegando,

E sentou do meu lado,
Acho que, vez em quando, 
É preciso lhe dar abrigo.

Vez em quando,

Temos que verter algumas lágrimas,
Amolentar o solo do coração,
Quando ele está se sentindo ressequido.

Eu permiti que a tristeza chegasse,

Coitadinha, é tão desprezada...
Todos só querem saber da alegria,
Dei-lhe o meu braço e juntas choramos.

Amanhã, talvez, ela se canse de mim,

Como disse, não sei ficar muito tempo
Em uma história inútil,
O Sol nasce e eu sigo em frente.


Mas, hoje, só hoje...

Eu vou deixar que ela sente ao meu lado,
Para que chore comigo os desamores,
E depois que as lágrimas secarem,
Eu sei que ela partirá em paz.

***
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,

 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.

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