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EU E A TRISTEZA
Hoje a irmã tristeza pediu a
minha companhia...
Não é sempre que isso acontece,
Normalmente andamos de mãos dadas,
Eu e a alegria.
Porém, hoje a tristeza foi chegando,
E sentou do meu lado,
Acho que, vez em quando,
É preciso lhe dar abrigo.
Vez em quando,
Temos que verter algumas lágrimas,
Amolentar o solo do coração,
Quando ele está se sentindo ressequido.
Eu permiti que a tristeza
chegasse,
Coitadinha, é tão desprezada...
Todos só querem saber da alegria,
Dei-lhe o meu braço e juntas choramos.
Amanhã, talvez, ela se canse
de mim,
Como disse, não sei ficar muito tempo
Em uma história inútil,
O Sol nasce e eu sigo em frente.
Mas, hoje, só hoje...
Eu vou deixar que ela sente ao meu lado,
Para que chore comigo os desamores,
E depois que as lágrimas secarem,
Eu sei que ela partirá em paz.
***
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.
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