BODAS DE PRATA
De João Bosco e Aldir Blanc
Com Simone
Você
fica deitada de olhos arregalados
Ou
andando no escuro de peignoir
Não
adiantou nada
Cortar
os cabelos e jogar no mar
Não
adiantou nada o banho de ervas
Não
adiantou nada o nome da outra
No
pano vermelho pro anjo das trevas
Ele
vai voltar tarde
Cheirando
à cerveja
Se
atirar de sapatos na cama vazia
E
dormir na hora murmurando: "Dora"
Mas
você é Maria
Você
fica deitada com medo do escuro
Ouvindo
bater no ouvido
O
coração descompassado
É
o tempo, Maria, te comendo feito traça
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