FOTOGRAFIA: CLÓVIS CAMPÊLO (julho/2015) |
O CAIS
Nem
sempre o cais é solidão ou despedida.
Também
pode ser encontro e chegada,
Retorno
ao ponto de partida
em
outra transversal do tempo.
Nem
sempre o cais é escuridão.
Também
pode ser uma intensa luz azul,
descortinando
novas visões do presente,
resgatando
o passado do mais puro esquecimento.
Nem
sempre o cais é ilusão e rigidez.
Também
pode ser sólido como as pedras que o seguram
ou
maleável e fluido como a água que o lava
E
justifica a sua existência.
Nem
sempre o cais se dissolve no ar.
Também
pode se condensar numa nova vida,
Em
novas crenças e amores,
Na
certeza de que tudo é eterno,
Mesmo
sendo passageiro.
Recife,
junho 2016
Que maravilha de poema!!!
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