quarta-feira, 15 de junho de 2016

O CANTO DE VÓLIA

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BALANÇO

Olhando para trás,
Vejo o quanto caminhei,
Não tanto quanto pensei,
Mas muito já percorri.

Andei por horizontes planos,
Outros foram sendas tortuosas,
Alguns caminhos eram macios,
Outros, estradas pedregosas.

Olhando para trás,
Vejo quantas vezes  caí,
Vejo que me feri,
Que sangrei.

Mas outras vezes sorri,
Ah! E como eu tanto sonhei!
E entre lágrimas e risos,
Sei que muito caminhei.

Olhando para trás,
Não quero arrependimentos,
Dos erros que cometi.
E também daqueles,
Que deixei de cometer,
Porque errar é humano,
Porque errar é crescer.

Olhando para trás,
Não quero espaço para glórias,
Porque ninguém acerta sozinho.
O acerto é só uma questão
De escolher bem o caminho.

Olhando para trás,
Eu vejo os que passaram por mim.
Alguns se foram, sem adeus,
Outros, lágrimas nos meus olhos deixaram.

Pessoas são como flores,
Que passam deixando seu perfume.
Alguns permanecem por mais tempo.
Outros se evolam no calor
Da primeira manhã do sol.

Olhando para trás,
Eu vejo que nada há que lamentar,
Nada há que perdoar,
Tudo é caminho, crescimento,
Tudo faz parte da jornada natural.

Olhando para trás,
Percebo que devo olhar para frente,
Para não virar estátua de sal.
Pois viver é sempre buscar
O melhor dentro de nós.


24/11/11

***

Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.


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