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CERVERÓ: "DILMA SABIA DE TUDO" |
CERVERÓ, DILMA E O MAL
QUE VAI DURAR POR GERAÇÕES
(Por Reinaldo Azevedo) O
Brasil inteiro viu Nestor Cerveró assegurar que Dilma, a Afastada, sempre soube
de tudo o que se passava com a compra da refinaria de Pasadena — que, não nos
esqueçamos, rendeu pagamento de propina, sim. O próprio Paulo Roberto Costa
disse ter recebido o seu quinhão, não é isso?
Cerveró
assegura que Dilma sabia de tudo até porque era presidente do Conselho de
Administração da Petrobras. Pois é… Rememorando: segundo o TCU, a compra gerou
um prejuízo de US$ 792 milhões à estatal.
Dou
de barato: os conselhos não costumam examinar no detalhe aquisições e vendas.
Tendem a se contentar com os memoriais que fazem as diretorias executivas das
empresas. Ocorre que Dilma não era uma presidente de conselho qualquer. Era a
chefe da Casa Civil, a mãe do PAC, a especialista em energia.
A
propósito: esta senhora, ao longo de sua trajetória, e já afirmei isso aqui,
foi muito competente em criar a fama de competente. Olhem a pindaíba em que
deixou o Brasil e agora se recordem de como ela foi vendida a partir de 2008,
para brilhar na campanha eleitoral de 2010 como a gerentona, a cobradora
irascível, aquela que sempre tinha todos os números na ponta da língua e que
não aceitava desculpas. Santo Deus! Dilma não consegue decorar um clichê. Dilma
é a comédia involuntária mais cara que o Brasil já teve.
No
sábado, fui ao teatro Eva Wilma, em São Paulo, assistir ao espetáculo “Dilma do
Chefe – Saudando a Mandioca”, estrelado por Márvio Lúcio, o Carioca, talvez o
comediante mais sério do país. Num dado momento do espetáculo, encarnando a
Afastada, Carioca lê trechos de discursos da “presidenta”. A plateia racha de
rir. É tal a soma de bobagens que, naquele trecho ao menos, o artista pôde
dispensar a sua criatividade. Dilma, falando como Dilma, é uma piada. Que outro
partido poderia tê-la dado de presente ao país?
A
afirmação de Cerveró vem nos lembrar que, em 2003, esta senhora foi oferecida
ao Brasil como a grande especialista em energia e infraestrutura, em sentido
amplo, com enfoque especial em petróleo e energia.
Pois
bem: ao longo de 13 anos, Banânia seguiu, nessas duas áreas, as iluminações da
grande pensadora, da grande gestora, da especialista inigualável. E o que
temos? A Petrobras quebrada e o setor elétrico vivendo uma das maiores crises
de sua história.
REINALDO AZEVEDO |
Dilma,
a que não quer sair, não foi apenas uma estelionatária eleitoral. Ela
contribuiu de forma decisiva para destruir dois setores vitais da economia
brasileira.
Assim,
quando Cerveró afirma que ela sabia de tudo no caso de Pasadena — o que ela
voltou a negar nesta segunda; renegou até mesmo a amizade de ambos, de 15 anos
—, tendo a achar que é verdade. Não exatamente porque ela era a presidente do
Conselho, mas porque sempre foi considerada, e exerceu com gosto o papel, a
czarina da área de energia. E deu nessa maravilha que aí está.
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