INTERNET/www.leroymerlin.com.br |
DA IGNORÂNCIA
Não nasci pra ser samambaia, nem fazer cara
de paisagem.
Não dá pra tocar a vida com a barriga, mastigando
pedras ou engolindo sapos.
No que me diz respeito, ser o que sou, fazer o que faço
somente a mim interessa.
Se sou preta ou marrom, gorda ou magra, antenada
ou alienada, se me visto assim ou assado é o que menos
importa.
Se me ausento sou omissa, se me calo, submissa. Não me
oprime o peso do julgamento, relevante pra mim é ter a graça
de despertar, de ter mais um dia, mais uma chance de quem
sabe descortinar o maldito
véu da ignorância que passeia
sobre nós como nuvem baixa, que nos empurra pra um
abismo que disfarçado por um cor de rosa opaco, nos
embala com a doce ilusão de que tudo o que acontece
de ruim somente cai em terras
distantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário