No governo Dilma, CEF virou depósitos de ex-políticos |
CEF
VIROU BANCO DA CORRUPÇÃO
NO
GOVERNO DO PT
Temer
suspendeu por quinze dias quatro vices da Caixa,
como
se aquela instituição bancária fosse uma escola infantil
e
não um banco que trabalha com bilhões de reais
Por
Jorge Oliveira
Diário
do Poder – 19/01/2018
Barra
de São Miguel, AL - Não é novidade que no governo do PT a Caixa Econômica
Federal virou um covil de facínoras a serviço de alguns bandidos hoje na
cadeia. A novidade, na verdade, é o presidente Temer resistir em mudar os
vice-presidentes do banco envolvidos em maracutaias depois que o Ministério
Público descobriu muitos deles acusados em corrupção. Temer só cedeu porque o
Banco Central apresentou relatório confirmando a roubalheira e a Procuradoria
da República do Distrito Federal ameaçou responsabilizá-lo civilmente pelos
desmandos dos seus comandados. Ora, ora, o presidente não queria que nomes como
o de Moreira Franco, Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e o dele próprio viessem
a público como políticos influentes na CEF no favorecimento de empréstimos para
os empresários amigos, como consta no relatório dos procuradores.
Durante
o governo Dilma, a Caixa Econômica Federal se transformou em um depósito de
ex-políticos desocupados que ocuparam algumas vice-presidências, entre eles
Moreira e Geddel sob o comando da Miriam Belchior, aquela senhora que trocou o
silêncio da morte do seu ex-marido, o prefeito de Santo André, Celso Daniel, em
2002, com quem fora casada por dez anos, por bons cargos no governo do PT em
Brasília. Belchior, assim como a Dilma, foi uma invenção do Lula para cargos
importantes. Ambas entendiam de administração como Lula de fissão nuclear.
O
escândalo que agora envolve a Caixa já era esperado. Ele estava encoberto pelo
governo que temia o aparecimento de nomes de ministros da sua cozinha, como
Moreira Franco, e do seu parceiro Eduardo Cunha. E quando surgiu na tela do Jornal Nacional que Temer também está
no relatório dos procuradores de Brasília, ali estava o motivo pelo qual ele
resistiu em afastar alguns vice-presidentes. Mesmo assim recuou quando teve que
tomar uma decisão mais enérgica: suspendeu por quinze dias quatro vices como se
aquela instituição bancária fosse uma escola infantil e não um banco que
trabalha com bilhões de reais.
No
governo PT a ascensão funcional ocorria pela folha corrida e não pelo currículo
dos pretendentes aos cargos públicos. O Temer, como vice, era adepto dessa
doutrina. Por isso meteu a colher na CEF indicando Geddel e Moreira Franco,
enquanto Eduardo Cunha se encarregava de dirigir a organização criminosa lá
dentro. Geddel está na cadeia e Moreira rebola para não dividir a cela com ele
na Papuda, pois continua sob a proteção do presidente que, em um de seus atos,
cobriu o seu pupilo com imunidade ao transformá-lo em ministro.
Com
a descoberta dos mais de 50 milhões em dinheiro vivo em um apartamento de
Salvador, sabe-se agora que Geddel era o cofre da campanha dos medebistas em
2018. Descoberto pela Polícia Federal,
ele foi parar na cadeia e o dinheiro confiscado. Metido a esperto, o ex-ministro
de Temer sempre circulou com desenvoltura em Brasília como parlamentar e como
ministro de Integração da Dilma. Como vice da Caixa Econômica Federal foi
denunciado pelo lobista Lúcio Funaro como tesoureiro das propinas que iriam
para as campanhas do MDB. Na sua cola, e na mesma função no banco, surge
Moreira que agora aparece com o nome na lista dos envolvidos no escândalo de
corrupção do banco.
Os
antecedentes da turma do Temer e do próprio presidente é que certamente levaram
o Brasil a ser rebaixado pela agência Standart&Poor’s. Desde que ele
assumiu não consegue exorcizar os escândalos que se multiplicam a cada dia. É
certamente o único presidente da história que não consegue pegar uma carona no
crescimento da economia, desmitificando a teoria de que a popularidade de um
presidente se mede pela queda da inflação, pelo aumento do emprego, o resultado
positivo da balança comercial e pela queda nos preços da cesta básica. Nada
disso cola nele. O que mais gruda no Temer como carrapato são os escândalos
atuais e os herdados da época da vice-presidência.
Veja
que coisa: até os irmãos Batista, mesmo atrás das grades, levam vantagem na
queda-de-braço com o Temer. Agora mesmo, ele vai pagar 60 mil reais de custas
processuais por ter perdido uma causa para Joesley, que o acusou de chefiar uma
quadrilha no Palácio do Planalto. Temer pedia 600 mil reais de indenização e o
juiz entendeu que não deveria condenar Joesley por danos morais.
A
coisa continua feia para o lado dele. Cruz-credo!
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