Nos dias...
Ilustração: arquivo Google
Nos
dias
em
que a crença
é um
verso,
cruzo
palavras
como
se as sílabas
fossem
mar
quebrando
o vento,
e as
asas do sonho
se
abrissem
para
o derradeiro voo.
Nos
dias
em
que as rugas
cobram
o tempo,
ignoro
os rituais
desaperto
o
espartilho da saudade
e
num gesto supremo,
decoro
as fragrâncias
que
o meu corpo albergou.
Nos
dias
em
que o silêncio
não
quer ser casto
solto
os cabelos
dispo-me
de recatos
e
exilo-me
no
outro lado do poente,
apenas
para
inventar
o
gosto sem virtude...
Ana
Andrade
***
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"
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