Lula: cínico, predador e golpista Foto: Paulo Fonseca/EFE |
LULA, O PREDADOR
A ação predadora e provocativa de Lula, desdenhando
do Judiciário, da lei e das instituições, cumpre papel
golpista semelhante ao dos que pedem a intervenção militar
Por Ruy Fabiano
02/12/2017 | 02h04
Lula, já condenado em um dos sete processos que contra ele tramitam
na Justiça, continua a se comportar como vítima de perseguição política. Mais:
faz dessa falsa condição sua bandeira eleitoral. Em vez de infrator, seria
vítima de infrações judiciais.
Trata os que, com base em provas consistentes e abundantes,
cumpriram o rito legal de condená-lo – o juiz Sérgio Moro, os procuradores e a
Polícia Federal – como agentes políticos, a serviço de forças que sua
militância não hesita em chamar, em momentos de maior moderação, de fascistas –
às vezes, até de agentes da CIA.
Ele próprio, em numerosas entrevistas de rádio, país afora, e em
pronunciamentos à militância – a única plateia que lhe restou -, estimula as
agressões e procura deslegitimar previamente a próxima sucessão presidencial,
caso dela esteja ausente. E é certo que estará.
O próprio ministro Luís Fux, que presidirá o TSE no curso da
campanha, já se manifestou contra a presença de um candidato sentenciado, ainda
que sem trânsito em julgado.
Anteriormente, o STF, em questão que envolvia o então presidente do
Senado, Renan Calheiros, já se manifestara contra alguém, na condição de réu,
ocupar, ainda que interinamente, a cadeira presidencial; imagine-se em caráter permanente.
Não bastasse, o senso comum não consegue atinar com tamanho
disparate. Mesmo assim, Lula prossegue, prometendo – e cumprindo - tocar fogo
no país. O “exército do Stédile” está em ação.
As invasões do MST tornaram-se mais frequentes e predadoras, sem que
o Estado a elas se contraponha. O governo Temer, que sequer tentou desaparelhar
a máquina administrativa ocupada pelo petismo, não tem força política para
fazê-lo. Com isso, a crise ameaça o único setor sadio da economia, o
agronegócio.
O discurso do “Fora, Temer”, desde o início uma encenação, foi há
pouco suspenso por ordem de Lula. Não é mais necessário, pois já cumpriu o
papel de impedir que o novo governo não apenas expusesse as falcatruas do
anterior, como sobretudo viesse a faturar aplausos pelas correções de rumo,
ainda pálidas, que conseguiu imprimir à economia.
Ruy Fabiano é jornalista Foto: Arquivo Google |
A lógica vitimista do golpe tenta disseminar a versão de que o
ambiente recessivo, com desemprego sem precedentes, é obra de Temer, e não um
legado petista. Como o governo Temer carece de autoridade moral para
contra-argumentar, dado o prontuário de sua cúpula, Lula consegue estabelecer
ambiente de terra arrasada.
Nele, todos são iguais, mesmo não sendo. Perde-se o senso das
proporções dentro da roubalheira. A turma do PMDB roubava para fins de
enriquecimento pessoal; a do PT, para, além disso, quis perpetuar-se no poder e
promover a tal revolução bolivariana.
Daí a diferença de escala entre uma coisa e outra. A roubalheira do
PMDB cabe em malas; a do PT, não: depende de muitos bancos e países amigos
(amigos dele, PT). Todos, claro, devem responder pelo que fizeram, na proporção
do que fizeram.
Mas a dimensão do dano não pode se diluir numa massa amorfa ou muito
menos, como se quis (e ainda se quer) fazer crer que a chefia do esquema cabia
a Temer. Ele, nunca é demais repetir, era o representante do PMDB junto aos
governos petistas, ali posto por Lula, como aliado de confiança. Dilma mal o
conhecia.
A ação predadora e provocativa de Lula, desdenhando do Judiciário,
da lei e das instituições, cumpre papel golpista semelhante ao dos que pedem a
intervenção militar.
A diferença é que esses, equivocados ou não, o fazem em nome da
restauração da ordem, enquanto Lula o faz com propósito oposto, para limpar sua
biografia e tentar se restabelecer no poder. Tornou-se hoje o fator de
desestabilização da política brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário