COM O SANTA ONDE O SANTA
ESTIVER!
Amigos corais:
Inicio
estas mal traçadas linhas parafraseando o hino do Grêmio Portalegrense. É ao
mesmo tempo uma homenagem e uma referência para o nosso combalido Santinha,
afundado hoje em dívidas e dúvidas, em consequência de uma administração
nefasta e deletéria, que mais uma vez nos joga quase no fim do poço.
Quando
é que iremos aprender que a administração de um clube de massa como o Santa
Cruz precisa se modernizar e se atualizar para gerar lucros e dividendos.
Os
erros foram e continuam sendo muitos, a começar pela falta de planejamento e
pelo gasto antecipado de receitas. Alguém precisa colocar o pé no freio nesta
situação antes que a coisa se torne irreversível. Nenhuma empresa responsável e
bem dirigida pode gastar mais do que arrecada. Isso é uma falta de senso.
Por
outro lado, a acumulação de débitos herdados das gestões anteriores
inviabilizam realizações concretas e possíveis. Hoje, somos um barco à deriva,
com débitos enormes acumulados e receitas antecipadas gastas
irresponsavelmente.
Não
adianta mais repetir esse tipo de administração. E entre os candidatos atuais
da situação e da “oposição” não houve nenhum discurso nesse sentido. Repetir
todos os erros cometidos ao longo dos últimos anos pode significar empurrar o
clube para um impasse. Portanto, mudar é preciso!
Mas,
como fazer isso de forma honesta e sem lucros pessoais? Essa talvez seja a
pergunta mais difícil de ser respondida, já que não se muda de uma hora para
outras a visão dirigencial desses cidadãos. Mas, se são empresários bem
sucedidos nas suas empresas particulares, com certeza, é porque nelas exercem
práticas diferenciadas. É preciso levar isso para o clube, muito embora
saibamos que nem sempre a contenção financeira e a possibilidade de insucessos
dentro do campo como consequência disso será bem entendida pela torcida.
Administrar essa massa falida que é o Santa Cruz hoje significa ter que gastar
pouco e planejadamente e talvez abrir mão de campanhas e títulos mirabolantes a
serem conquistados.
O
futebol profissional hoje está inflacionado. A presença cada vez maior dos
dirigentes empresários nos clubes inviabiliza as suas modernizações. Depois de
eleito, o candidato vencedor adquire liberdade para agir da maneira que bem
quiser, já que as instâncias fiscalizadoras passam a ser ocupadas por pessoas da
sua confiança. Sobreviver a isso é difícil, já que, na maioria das vezes, o
amor ao dinheiro se sobrepõe ao amor ao clube. Aliás, amor ao clube verdadeiro
só se manifesta nas torcidas, e essas querem resultados positivos imediatos e
constantes.
O
verdadeiro dirigente moderno precisará saber conciliar tudo isso. E,
sinceramente, não sabemos ou podemos afirmar que esse gestor já esteja entre os
que se apresentam como candidatos.
O
que nos preocupa é que só o tempo nos dará a resposta correta.
CLÓVIS CAMPÊLO
RECIFE - 01/12/2017
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