domingo, 22 de maio de 2016

OUTRAS LEITURAS: LEANDRO KARNAL






Arte e solidão 1

Guy Rose (1867-1925) é um nome muito talentoso dos impressionistas dos EUA. Pintou este quadro ( La Mère Pichaud) em 1890. Uma senhora olha a cadeira vazia de forma expressiva. A pintura é da fase francesa dele, quando estava próximo a Monet. O outro é do pintor acadêmico inglês Charles Spencelayh (1865 - 1958) e se chama “A cadeira vazia” (The empty chair) , de 1922. Os dois falam do envelhecimento, da espera, dos parentes que não chegam e da dificuldade em lidar com o abandono. Arte, às vezes, dói.




Arte e solidão 2

Edward Hopper (1882-1967) é o artista norte-americano que mais mexe comigo. A solidão é um tema forte na sua vasta obra. O primeiro quadro se chama Automat, de 1927. Na era pré-internet, a moça elegante e solitária é obrigada a conversar com sua xícara. 12 anos depois, ele pintou a solidão da funcionária do cinema. A trabalhadora entediada com o local que, para os outros, é de lazer. A força dos quadros dele é algo impossível de descrever







Leandro Karnal é professor doutor na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), desde 1996. Graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (RS) e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Possui pós-doutorados pela UNAM, México, e pelo CNRS de Paris. Sua formação cruza História Cultural, Antropologia e Filosofia. É autor de vários livros.

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