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Não
vou chorar,
Pudesse,
até riria com sarcasmo...
Tolices
são risíveis,
E
tua vaidade é tão tola!
Ah!
Quanta insensatez!
Tinhas
um amor verdadeiro,
Na
palma da tua mão.
E,
na cegueira da tua presunção,
Esmagaste-me
o coração.
Todavia,
não vou chorar,
Não
será mais o teu riso,
A
música preferida dos meus ouvidos.
Respirarei
profundamente e seguirei.
Já
não vales sequer uma gota do meu pranto.
Se
foi tempo perdido?
Não
penso assim.
Antes,
foi lição aprendida.
Não
mais doarei meu coração,
Com
tanta confiança;
O
tempo nos ensina a tocar,
Conforme
a dança.
Fica.
Locupleta-te
com tua amargura,
Ainda
prefiro a minha doçura.
Não
vou me esquecer de sorrir,
Há
tantos outros olhos que merecem
Meu
riso...
Deixo-te.
De
coração tranquilo.
Pois
te dei flores, e recebi pedradas.
Chorei,
já, as minhas dores,
A
dor já foi consumada.
É
pena não ter ficado nada de bom,
As
tintas borraram,
E a
frieza desbotou.
E
daquele grande amor,
Restou
apenas uma caricatura malfeita,
Que
o tempo vai se encarregar de rasgar
E
queimar em mil pedaços.
***
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.
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