DA MINHA CIDADE
De Alberto
Pessoa
Da
minha cidade vejo quanto do mundo se pode ver os reflexos...
Por
isso a minha cidade é tão imensa como outra aglomeração qualquer
Porque
eu sou do tamanho do que invento
E
não do tamanho da minha pequenez...
Nas
metrópoles a vida é mais pequena
Que
aqui na minha cidade nessa planície aluvional.
Na
metrópole os grandes prédios fecham a visão do horizonte,
Escondem
os céus, impedem o nosso olhar para além do infinito,
Tornam-nos
diminutos porque nos roubam o que os nossos olhos
nos
podem dar
E
a nossa mente imaginar,
E
tornam-nos insignificantes porque a nossa única riqueza é ver e sonhar.
Psicografado
por Clóvis Campêlo
Grato mais uma vez, camarada Orlando. Abraços poéticos e nordestinados
ResponderExcluirÉ um prazer tê-lo por aqui. Abração.
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