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HORAS ADIADAS
Ajoelhada
no
altar de uma ladeira
reveza-se
a noite,
entre
solicitudes temerosas
e
gemidos lancinantes;
com
o sino ao longe
tocando
às almas,
que
espreitam os penedos
esventrados
pelos
dias desvirtuados.
Aturdida
uma
ave
de
voos sofridos,
enxuga
as penas aleijadas...
e
abandona-se à inquietude
dos
ventos calejados,
sem
sucumbir
ao
extremo desespero
que
engole as sombras,
onde
todo o silêncio é cego.
Descompassadas
adiam-se
as horas
que
enviuvam as preces,
sem
cruzes para venerar!...
ANA ANDRADE
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