quinta-feira, 20 de agosto de 2015

QUASE HISTÓRIAS (LXXVI)

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33: IDADE DE CRISTO

Estou velho. Meus olhos marejam por coisa graúda. Sinto saudades de uns e outros, de todos. Acabo de me lembrar de tio Antônio, das festas, em sua casa, festas de final de ano. Menino, eu comia até passar mal. Fartura: frutas, doces, coisas que nem sempre a gente tinha em casa, apesar do esforço do pai e da mãe. No dia 1º de janeiro, depois da comilança, tinha jogo de tômbola. 22 = dois patinhos na lagoa; 33 = idade de Cristo. E por aí íamos, felizes. Sinto saudades do jipe, quase pau de arara: levava oito, tio Antônio ao volante, pai, mãe, minha irmã, tia Laura, meus primos, todos de carona. Coisa boa piquenique.

(Por mim, estenderia a prosa, falaria de meus tios Iraci e Valésia também, de quem já falei, aqui. Mas, vocês, claro, têm mais o que fazer. Volto amanhã.)


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