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ACOLHE-ME
Faz
tempo que voo,
Em
uma jornada longa e cansada,
E só
encontrei terras áridas,
Que
não souberam compreender
A
minha poesia.
Até
que encontrei uma árvore frondosa,
De
bela copa, raízes fortes,
Feliz
pensei em lá construir meu ninho,
Que
abrigaria a minha poesia.
E
por um tempo eu cantei,
E a
poesia nascia feliz nas madrugadas
Vibrantes
de alegria.
Belos
tempos, belos dias.
Porém,
o vento teve ciúme de tanta poesia,
E
soprou forte, e tenta me tirar o abrigo,
Tenta
me fazer perder o norte.
Só
tu, árvore amiga,
És
capaz de me salvar,
Acolhe-me
em teu regaço,
E
não me permitas derivar.
Sem
a firmeza, dos teus galhos,
Sem
a proteção da tua sombra amiga,
Serei
mais uma ave perdida,
Que
voa, de verão a verão.
Como
ave de arribação.
02/07/2014
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica..
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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