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O FAZENDEIRO E A
PROFESSORA
(Por Violante
Pimentel) O fazendeiro Manoel Brás recebeu, em sua
fazenda, a professora do seu filho de dez anos, para passar o fim de semana.
O homem tinha muito dinheiro, mas não tinha estudo e falava muito
errado. Mesmo assim, era metido a falante e queria entender de tudo.
Durante o almoço, ele pediu à esposa que lhe trouxesse dois “ôvo
frito”, para misturar com o feijão que iria comer, como tinha o hábito de
fazer.
A mesa farta tinha tudo do bom e do melhor, como feijoada, galinha
caipira, carne de porco, costela de boi no “bafo”, carne de sol acebolada, fora
os acompanhamentos como arroz, macaxeira, farofa, legumes e verduras.
Já se sentindo íntima de todos, a professora Jarlene, ao ouvir o
fazendeiro pedir à esposa “dois ôvo frito”, achou-se à vontade para corrigí-lo.
E disse ao fazendeiro:
-- Seu Manoel Brás, o senhor é um homem alinhado, cheio do dinheiro,
e não pode falar desse jeito. O senhor tem que pedir “dois ovos fritos” e não
“dois ôvo frito”. Eu sou professora, e me sinto na obrigação de transmitir
conhecimentos a todos às pessoas que me rodeiam. Como eu tenho pelo senhor e
sua família muita consideração, faço questão de ensinar a todos falar
corretamente o nosso idioma!
Violante Pimentel é procuradora aposentada do Estado do Rio Grande do Norte |
O fazendeiro aceitou de bom grado a reprimenda, mas, no íntimo, não
gostou. O almoço continuou, e Manoel Brás começou a falar sobre as vacas que
tinha comprado recentemente, inclusive uma vaca holandesa, que produzia vários
litros de leite por dia. A professora Jarlene, entrosando-se na conversa, disse
que tinha observado a beleza das vacas e tinha ficado admirada com o tamanho
dos “peitos” da vaca holandesa.
Nesse momento, o fazendeiro deu uma gargalhada e se vingou da
professora, dizendo:
-- Professora, vaca não tem peito, não! Vaca tem UBRE!!! Está vendo
o castigo? Ainda agora a senhora me pegou pelos ovos e agora eu peguei a
senhora pelos peitos!!! kkkkkkkkkkkkkkkk
A professora Jarlene tentou disfarçar o seu constrangimento, diante
da irreverência do fazendeiro. Depois de se servir da enorme variedade de
sobremesas, e do cafezinho, inventou uma
desculpa e antecipou a sua volta para casa, no centro da cidade.
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