NUZMAN
É O MICHAEL PHELPS
DO
NADO NO ESGOTO
Lula
sabia de tudo, como de tudo sabiam Sérgio Cabral,
João
Havelange, Orlando Silva, Eduardo Paes e outros
festeiros
reunidos na capital da Dinamarca
naquele
2 de outubro de 2009
O
legado mais vistoso da Olimpíada de 2016 é o acervo de assombros protagonizados
por Carlos Arthur Nuzman, finalmente engaiolado pela Lava Jato e anexado a uma
população carcerária até então carente de um representante dos dirigentes
esportivos bandidos. Uma das façanhas aparece no vídeo abaixo: sem ficar
ruborizado, o supercartola que comprara a vitória do Rio finge surpreender-se
com o resultado da eleição da sede dos Jogos de 2016.
O
choro convulsivo de Lula, que despeja lágrimas de esguicho enquanto Nuzman
celebra o sucesso dos fora-da-lei, confirma que se cinismo sincronizado fosse
uma modalidade olímpica o Brasil já teria acumulado mais medalhas que as
conquistadas por atletas americanos desde os primeiros Jogos da era moderna.
Lula sabia de tudo, como de tudo sabiam Sérgio Cabral, João Havelange, Orlando
Silva, Eduardo Paes e outros festeiros reunidos na capital da Dinamarca naquele
2 de outubro de 2009.
Outras
duas proezas de Nuzman bastam para conferir-lhe o status de fenômeno merecedor
de manchetes em todos os idiomas. Primeira: abastecido pela usina de ladroagens
administrada pela quadrilha de Sérgio Cabral, o presidente do COB gastou uma
fortuna de espantar qualquer Geddel na compra dos votos que decidiram a
disputa, mas conseguiu enfiar nos próprios bolsos o suficiente para duplicar
seu patrimônio.
A
segunda façanha entronizou Carlos Arthur Nuzman no panteão dos semideuses do
esporte. Com uma única Olimpíada, um jogador de vôlei aposentado conseguiu 16
quilos de ouro. E entrou para a História como um Michael Phelps do nado no
esgoto.
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