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DISRITMIA
De Martinho da
Vila
Eu quero me esconder de baixo
Dessa sua saia
Pra fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses seus cabelos,
Preciso transfundir seu sangue pro meu coração que é tão vagabundo,
Me deixe te trazer num dengo pra num cafuné fazer os meus apelos,
Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo
Que bom ser fotografado mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Vem logo vem curar seu negro que chegou de porre lá da boemia
Vem logo vem curar seu negro que chegou de porre lá da boemia.
Qual era a chance
de uma música com a palavra “transfundir” em sua letra tornar-se um clássico da
MPB? Só uma pérola como “Disritmia” foi capaz de tal proeza. Biscoito fino da
malandragem, picaretagem e poesia, “Disritmia” é melhor depois de um terceiro copo.
A versão que o autor, Martinho, fez em 1974 é clássica e foi lançada no LP
Canta Canta, Minha Gente. Zeca Baleiro e Ney Matogrosso também gravaram. (Gilberto Amendola – Rolling
Stone)
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