AFLORA A LIBERDADE
Já
fui árvore nativa
Crescendo
bem natural
Mas
o machado da vida
Em
mim fez corte brutal
Com
sua poda inclemente
Quis
me fazer diferente
Mas
teimei em ser igual.
***
Por
ter raízes profundas
Presa
a terra continuei
E
nos troncos decepados
Ramagem
nova espalhei
De
cada poda aplicada
Saía
revigorada
Por
isso me propaguei.
***
Florida
reflorescida
Dei
fruto também semente
A
parte que foi podada
Cresceu
abundantemente
E
na estação das flores
Dos
sonhos ouço rumores
Perfumando
meu presente.
Dalinha Catunda é poetisa,
cordelista e declamadora
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