sexta-feira, 18 de setembro de 2015

DALINHA


 AFLORA A LIBERDADE

Já fui árvore nativa
Crescendo bem natural
Mas o machado da vida
Em mim fez corte brutal
Com sua poda inclemente
Quis me fazer diferente
Mas teimei em ser igual.

***

Por ter raízes profundas
Presa a terra continuei
E nos troncos decepados
Ramagem nova espalhei
De cada poda aplicada
Saía revigorada
Por isso me propaguei.

***

Florida reflorescida
Dei fruto também semente
A parte que foi podada
Cresceu abundantemente
E na estação das flores
Dos sonhos ouço rumores

Perfumando meu presente.



Dalinha Catunda é poetisa,
cordelista e declamadora

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