sexta-feira, 11 de setembro de 2015

DALINHA


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SÓ UM BOLERO

O acaso a dança o instinto
Colocou-nos lado a lado
O frio o vinho tinto
Meu corpo no teu colado
Li no teu olhar faminto
A resenha do meu fado.

***

A paixão desenfreada
Chegou feito furacão
Cegamente apaixonada
Dei asas à emoção
Levitei inebriada
Nos ardis do coração.

***

Mas meu coração cigano
De tanto amor se cansou
O seu também leviano
Um novo rumo tomou
Sem choro, mágoas ou dano,
A nossa paixão dançou.


 
Dalinha Catunda é poetisa,
cordelista e declamadora

Um comentário:

  1. ruth eppinger henrique11 de setembro de 2015 às 20:20

    Amo as poesias de Dalinha. Ótima parceria. Todos nós saímos ganhando.

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