CANTIGA
PARA DJANIRA
O vento é o aprendiz das
horas lentas,
Traz suas invisíveis
ferramentas,
Suas lixas, seus
pentes-finos,
Cinzela seus castelos
pequeninos,
Onde não cabem gigantes
contrafeitos,
E, sem emendar jamais os
seus defeitos,
Já rosna descontente e
guaia
De aflição e dispara à
outra praia,
Onde talvez possa
assentar
Seu monumento de areia –
e descansar.
(PAULO MENDES CAMPOS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário