sexta-feira, 10 de abril de 2015

DALINHA

SUA REDE NÃO É A MINHA

Dalinha Catunda



A rede armada no alpendre
Enquanto você navega
Na tal rede virtual
E o real amor renega
Vejo você navegando
Eu adormeço sonhando
Com tudo que você nega.

Cada toque do seu dedo
No teclado é um insulto
E cada expressão no rosto
Sugere um enredo oculto
Tento manter a decência
Encho-me de paciência
Concedo-lhe novo Indulto.

Enquanto na tela fria
Você aquece a ilusão
Aqui na rede eu fico
Pensando em nosso colchão
Que vive desaquecido
Após ter aparecido
A nova navegação.

Você se distrai na rede
Dia e noite é assim
Em outra rede matuto
Sem você perto de mim
Viver assim não aceito
Ou você vai tomar jeito
Ou decreto nosso fim.




Nenhum comentário:

Postar um comentário