terça-feira, 28 de abril de 2015

CLÓVIS CAMPÊLO



OUTONO

Hoje que o dia padece
de uma cor plumbéa,
colho raios de sol.

Não espero que apareças,
já estás no meu pensamento
leve como uma nuvem
que singra o firmamento.

Não me apavora a solidão.
Apenas amadurece
a nobre colheita do outono
que se apresenta.

(Recife, 2011)


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