VELEZ - ENTREVISTA EXCLUSIVA
Surgida em 1998, a Velez vem galgando espaços cada vez mais relevantes no cenário musical mundial a partir de Portugal. Sob forte influência da música brasileira, a banda vem apresentando-se em diversos países ao redor do mundo com um estilo musical bastante próprio e uma sonoridade arrebatadora como pode-se conferir aqui mesmo em nosso espaço quando abordamos o trabalho da banda a partir da matéria "COM A CARREIRA SEDIMENTADA NA EUROPA AGORA ELES QUEREM ALCANÇAR O BRASIL". Agora a banda volta ao nosso espaço nesta entrevista exclusiva gentilmente concedida por todos os integrantes da banda onde questionamos, dentre outros assuntos, o porquê de só agora a banda investir na divulgação do trabalho no Brasil.
A banda vem desenvolvendo um trabalho muito bem aceito pelo público e pela crítica por onde tem passado. Ao que vocês atribuem esse reconhecimento?
Ernesto Leite - Essencialmente à originalidade da atmosfera musical das canções e às características tímbricas da cantora.
Tereza Velez - Acho que o reconhecimento vem da qualidade e da originalidade do nosso trabalho.
Henry Souza - Penso que esse reconhecimento vem pelo facto de todos os trabalhos terem tido originalidade e coerência na composição e evolução na sua própria sonoridade.
Markus Brito - Na minha opinião, eu tenho a certeza que é pela qualidade que o trabalho do grupo vem se desenvolvendo ao longo de todos esses 14 ou 15 anos de existência, na escolha das músicas, dos arranjos e tal...
São quatro nacionalidades distintas que sofrem as mais diversas influências de suas respectivas culturas. Como se dá a conciliação dessas diferenças de modo que não haja nenhum tipo de conflito?
TV - É a admiração que temos pela música brasileira.
HS - Simplesmente a paixão que nos une pela música brasileira.
MB - Há um comprometimento muito grande em relação aos componentes do Velez, porque todos nós gostamos e praticamos o mesmo estilo musical, além de já nos conhecermos muitos tempo antes do projeto nascer. Isso nos facilitou muito na escolha do repertório e que estilo musical queríamos trabalhar.
EL - Através do bom senso e da inteligência na gestão dos arranjos.
Tratando de referências, qual(is) nome(s) vocês destacariam como unanimidade na banda?
MB - Como referência artística ao tipo de música que fazemos, temos a Rosa Passos, Leny Andrade, Tom Jobim, Leila Pinheiro, Ivan Lins etc...Seria uma lista infindável.
HS - Ivan Lins , Djavan , Leila Pinheiro , Leny Andrade , Rosa Passos , João Bosco , Pedro Mariano , Cesar Camargo Mariano etc.
EL - Todas as referências ligadas à Bossa-Nova por inteiro na sua estética e no seu bom-gosto.
Cada integrante traz uma bagagem bastante significativa e que antecede a história da banda. Se há possibilidade de destacar um adjetivo que caracteriza essa união de modo tão harmonioso qual seria?
HS - Cumplicidade.
TV - Concordo com o Henry, acho que é cumplicidade.
MB - A nossa amizade.
EL - Simplicidade.
O álbum trata-se de um projeto essencialmente autoral. Como deu-se o processo de composição do repertório do disco?
MB - Bem, dentro da banda, temos 2 integrantes (Ernesto Leite & Markus Britto) que são os compositores e arranjadores principais dos temas. Na maior parte das vezes, fazemos as composições juntos ou em separados, cada um nas suas residências e depois nos reunimos para discutir o prosseguir das coisas.
EL - Num ambiente totalmente descontraído e amigável no qual a espontaneidade é a ignição para a inspiração
E a escolha do repertório?
EL - Sendo este um processo criativo sustentado pelo bom-senso o repertório é totalmente utilizado sem que haja necessidade de haver propriamente uma "escolha"...todos os temas têm e fazem sentido no mesmo.
MB - Quanto a escolha do repertório, não há muitas dificuldades em saber o que entra e o que não, porque a personalidade musical dos álbuns, já está estipulada desde os primeiro discos. É claro que procuramos sempre dar uma renovada e até mesmo experimentarmos outros tipos de rítmos, desde que não fujam do tal padrão que a gente combinou.
Desde o primeiro álbum (lançado em 2001) é possível perceber a forte influência exercida pela música brasileira na sonoridade da banda. Por que só agora a banda resolveu investir na divulgação do trabalho no berço de sua sonoridade?
TV - Há algum tempo que tínhamos vontade de divulgar o nosso trabalho no Brasil e agora com a presença do Marcos no Rio de Janeiro torna-se mais fácil e mais imediata a divulgação do CD.
EL - Alguma modéstia em amadurecer uma linguagem que não é nativa para todos mas que a todos influenciou... Uma questão de tempo, espaço e alguma geofísica...
MB - Certo! A gente sempre quis fazer a MPB desde o inicio, dando também um molho pouco jazzístico em alguns temas, sem sermos jazzísticos propriamente dito, como você pode comprovar, ouvindo os cds. Mesmo assim, sempre houve muita dificuldade em penetrarmos no mercado musical brasileiro. Não sei se por vivermos em outro País ou em outro Continente...Mas a gente sempre tentou investir por aqui, desde o primeiro álbum (Natural 2001).
Como está a expectativa do lançamento deste novo álbum no Brasil?
EL - Totalmente excêntrica!! O Brasil está ávido deste gosto inter-Atlântico...e nós temos a obrigação de presentear o pais irmão com tamanhas iguarias de arranjo e sensibilidade melódica.
MB - Ainda não podemos dizer nada de concreto, porque estamos nos contatos e apresentação do mesmo às Gravadoras e Rádios. Com essa mudança toda na comercialização da música no mundo, downloads etc..., a tendência é sempre apostar no Do it Yourself. Mas mesmo assim, vamos aguardar para ver se alguém se interessa em nos distribuir por aqui.
E a agenda? Vocês pretendem cair nas estradas brasileiras também com este lançamento?
TV - Sim, o objectivo é esse, seria fantástico conseguirmos apresentar o nosso trabalho ao vivo no Brasil
MB - É claro que sim. Se houver uma distribuição e divulgação do novo trabalho no mercado brasileiro, a intenção é essa. Caír na estrada e mostrar a nossa música onde pudermos.
EL - As estradas brasileiras são parte do nosso chão...
Depois de apresentar-se por diversos continentes vocês não acham que já seria hora de um registro audiovisual? Cogitam a possibilidade do registro de alguma apresentação para lançamento em DVD?
MB - Sim. Isso está previsto e inclusive, há uma possibilidade em fazermos uns 2 clipes aqui no Rio de Janeiro. Vamos aguardar. A imagem sempre foi e sempre será muito importante na comercialização dos discos. Os dois lados, o áudio e o visual, têm sempre que andar lado a lado. Faz parte da logística.
TV - Sim, estamos à espera de uma oportunidade para fazer esse registro, seria até muito interessante conseguirmos fazê-lo no Brasil.
EL - Todo este testemunho artístico não pode prescindir de um registo audiovisual...é obrigatório que toda a vibração energética deste projeto fique perpetuada na memória de um povo que interage e se ama incondicionalmente apesar das barreiras atlânticas...viva o Brasil...viva Portugal...em DVD!
Surgida em 1998, a Velez vem galgando espaços cada vez mais relevantes no cenário musical mundial a partir de Portugal. Sob forte influência da música brasileira, a banda vem apresentando-se em diversos países ao redor do mundo com um estilo musical bastante próprio e uma sonoridade arrebatadora como pode-se conferir aqui mesmo em nosso espaço quando abordamos o trabalho da banda a partir da matéria "COM A CARREIRA SEDIMENTADA NA EUROPA AGORA ELES QUEREM ALCANÇAR O BRASIL". Agora a banda volta ao nosso espaço nesta entrevista exclusiva gentilmente concedida por todos os integrantes da banda onde questionamos, dentre outros assuntos, o porquê de só agora a banda investir na divulgação do trabalho no Brasil.
A banda vem desenvolvendo um trabalho muito bem aceito pelo público e pela crítica por onde tem passado. Ao que vocês atribuem esse reconhecimento?
Ernesto Leite - Essencialmente à originalidade da atmosfera musical das canções e às características tímbricas da cantora.
Tereza Velez - Acho que o reconhecimento vem da qualidade e da originalidade do nosso trabalho.
Henry Souza - Penso que esse reconhecimento vem pelo facto de todos os trabalhos terem tido originalidade e coerência na composição e evolução na sua própria sonoridade.
Markus Brito - Na minha opinião, eu tenho a certeza que é pela qualidade que o trabalho do grupo vem se desenvolvendo ao longo de todos esses 14 ou 15 anos de existência, na escolha das músicas, dos arranjos e tal...
São quatro nacionalidades distintas que sofrem as mais diversas influências de suas respectivas culturas. Como se dá a conciliação dessas diferenças de modo que não haja nenhum tipo de conflito?
TV - É a admiração que temos pela música brasileira.
HS - Simplesmente a paixão que nos une pela música brasileira.
EL - Através do bom senso e da inteligência na gestão dos arranjos.
Tratando de referências, qual(is) nome(s) vocês destacariam como unanimidade na banda?
HS - Ivan Lins , Djavan , Leila Pinheiro , Leny Andrade , Rosa Passos , João Bosco , Pedro Mariano , Cesar Camargo Mariano etc.
EL - Todas as referências ligadas à Bossa-Nova por inteiro na sua estética e no seu bom-gosto.
Cada integrante traz uma bagagem bastante significativa e que antecede a história da banda. Se há possibilidade de destacar um adjetivo que caracteriza essa união de modo tão harmonioso qual seria?
HS - Cumplicidade.
TV - Concordo com o Henry, acho que é cumplicidade.
O álbum trata-se de um projeto essencialmente autoral. Como deu-se o processo de composição do repertório do disco?
E a escolha do repertório?
MB - Quanto a escolha do repertório, não há muitas dificuldades em saber o que entra e o que não, porque a personalidade musical dos álbuns, já está estipulada desde os primeiro discos. É claro que procuramos sempre dar uma renovada e até mesmo experimentarmos outros tipos de rítmos, desde que não fujam do tal padrão que a gente combinou.
Desde o primeiro álbum (lançado em 2001) é possível perceber a forte influência exercida pela música brasileira na sonoridade da banda. Por que só agora a banda resolveu investir na divulgação do trabalho no berço de sua sonoridade?
TV - Há algum tempo que tínhamos vontade de divulgar o nosso trabalho no Brasil e agora com a presença do Marcos no Rio de Janeiro torna-se mais fácil e mais imediata a divulgação do CD.
EL - Alguma modéstia em amadurecer uma linguagem que não é nativa para todos mas que a todos influenciou... Uma questão de tempo, espaço e alguma geofísica...
MB - Certo! A gente sempre quis fazer a MPB desde o inicio, dando também um molho pouco jazzístico em alguns temas, sem sermos jazzísticos propriamente dito, como você pode comprovar, ouvindo os cds. Mesmo assim, sempre houve muita dificuldade em penetrarmos no mercado musical brasileiro. Não sei se por vivermos em outro País ou em outro Continente...Mas a gente sempre tentou investir por aqui, desde o primeiro álbum (Natural 2001).
Como está a expectativa do lançamento deste novo álbum no Brasil?
MB - Ainda não podemos dizer nada de concreto, porque estamos nos contatos e apresentação do mesmo às Gravadoras e Rádios. Com essa mudança toda na comercialização da música no mundo, downloads etc..., a tendência é sempre apostar no Do it Yourself. Mas mesmo assim, vamos aguardar para ver se alguém se interessa em nos distribuir por aqui.
E a agenda? Vocês pretendem cair nas estradas brasileiras também com este lançamento?
TV - Sim, o objectivo é esse, seria fantástico conseguirmos apresentar o nosso trabalho ao vivo no Brasil
Depois de apresentar-se por diversos continentes vocês não acham que já seria hora de um registro audiovisual? Cogitam a possibilidade do registro de alguma apresentação para lançamento em DVD?
MB - Sim. Isso está previsto e inclusive, há uma possibilidade em fazermos uns 2 clipes aqui no Rio de Janeiro. Vamos aguardar. A imagem sempre foi e sempre será muito importante na comercialização dos discos. Os dois lados, o áudio e o visual, têm sempre que andar lado a lado. Faz parte da logística.
TV - Sim, estamos à espera de uma oportunidade para fazer esse registro, seria até muito interessante conseguirmos fazê-lo no Brasil.
EL - Todo este testemunho artístico não pode prescindir de um registo audiovisual...é obrigatório que toda a vibração energética deste projeto fique perpetuada na memória de um povo que interage e se ama incondicionalmente apesar das barreiras atlânticas...viva o Brasil...viva Portugal...em DVD!
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