quarta-feira, 21 de maio de 2014

PROFISSÃO: REPÓRTER – CASOS E PERIPÉCIAS

JORGE DE SOUZA,
CRAQUE EM TODOS OS ESPORTES


Joaquim Macedo Júnior


(POR JOAQUIM MACEDO JÚNIOR) Jorge de Souza, grande narrador, um dos primeiros a transmitir variadas modalidades do esporte. Além do futebol, que narrou e comentou, Jorge fez automobilismo, basquete. Transmitiu inúmeras lutas de Éder Jofre.

Tive o enorme prazer de trabalhar e conviver com Jorge de Souza, na Excelsior/Globo, entre 1981 e 1987. Com jeito de Walter D’Avila, sua sisudez era apenas um disfarce, o sujeito era engraçado e tinha um humor super inteligente. Contava histórias maravilhosas de bastidores dos esportes. Uma delas, sobre a inimitável performance de Garrincha na Copa de 1962 e a “garantia” de que com a conquista do Mundial, a musa Elza Soares, estaria à sua espera. Todos sabem que, sem Pelé, Garrincha tomou para si aquela Copa, na qual só não fez chover.

Jorge nasceu em 1928 e nos deixou em 2003. Jorge de Souza me presenteou com um dos melhores e inusitados momentos de minha carreira. Resolvi ir à Hebraica assistir a um amistoso da Seleção Brasileira de Basquete Feminino. Então, o super time de Hortência, Magic Paula, Martha e outras.

Pois bem, fui à cabine da Excelsior, dar um abraço em Jorge, que estava narrando a partida, com a precisão de sempre o conhecimento de quem não brincava em serviço. Cheguei à cabine, o jogo tinha começado. Jorge estava numa frenética transmissão acompanhando o ‘dream team’ brasileiro, fez um sinal e me mandou sentar ao lado dele.

Ele estava sozinho. Quer dizer, ele e o operador de rádio, para a transmissão externa. Dois,três minutos depois de jogo rolando, eu muito feliz pela posição estratégica que havia conseguido para ver o espetáculo, Jorge de Souza me põe na ‘fogueira’: “Estamos recebendo agora o nosso companheiro do jornalismo de Excelsior, Macêdo Jr., que veio nos auxiliar nessa jornada. – Macêdo, você que é um apaixonado pelo basquete feminino, o que é que está achando da seleção brasileira?”

Deus do céu, Jorge, meu amigo querido, que fria. Nem me lembro do que disse, nem sei se foi bom ou ruim. Só sei que só saí do transe após o término da partida.

Obrigado, Jorge, pelos meus 15 minutos de fama no basquete feminino.

Jorge de Souza, terceirotempo.bol.uol.com.br





Nenhum comentário:

Postar um comentário