domingo, 11 de maio de 2014

FILHOS DA MÃE



Noite fria de julho, quase meia-noite. E lá vai ela coar café para os três rebentos adultos, dois deles já formados, pós-graduados e concursados, caminho que a caçula segue com idêntica raça.

As “crianças” vão estudar de madrugada – os dois mais velhos, para concurso de juiz; a pequena, para a prova da OAB. Enquanto o café não sai, os três irmãos brincam, riem, trocam informações, contam causos, fazem carinho no cachorro ancião, que depois de velho acata a ordem para sentar – desde que, evidentemente, ganhe, em troca, uma guloseima.

Café coado, beijos trocados, ela põe a cabeça no travesseiro. Segundos depois, já dorme profundamente seu sono Sabiá.(JULHO/2013)


Um comentário:

  1. Essas mães são tão parecidas...para elas, os filhotes nunca crescem! E serão etrnos meninos dentro do seu coração!

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