A pequena criatura, menina de tudo, é efusiva; mais “simpática”,
impossível.
Não economiza no volume. Não se intimida com quartos. Nem com terceiros.
Ela fala tudo na frente de todo mundo, na lata:
-- Todo dia, vejo o senhor no barzinho da rua debaixo, tomando cerveja.
Mamãe acha que o senhor é vagabundo, papai não tem dúvidas. Tio Biro, o senhor
é vagabundo?
Ele mudou de boteco. Em nome da paz. Pra fugir da menina.
Mas a perua escolar dá muitas voltas. Cata um aluno aqui; outro, acolá.
Malditas peruas escolares. A pequena criatura sempre atenta, demônio na forma
de bonsai, logo descobriu o novo refúgio de tio Biro.
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