TCHAU, "QUERIDO" |
APÓS
DELAÇÃO DA JBS
TUDO
É EPILOGO PARA TEMER
Confirmando-se a notícia de que Temer,
entre outras estripulia$,
foi gravado avalizando a compra do
silêncio de Eduardo Cunha,
‘o substituto constitucional de Dilma
Rousseff perde
completamente as condições de presidir
o país
Por Josias
de Souza
UOL –
17/05/2017| 21:11
Desde
que Michel Temer passou a tratar com naturalidade a presença no governo de oito
ministros enrolados na Lava Jato, a plateia esperava pelo sinal de que o fim,
ou pelo menos a cena terminal que empurraria o governo para o bueiro, estivesse
próximo. Aguardava-se o fato que levaria o país a exclamar: “Não é possível!” O
alarme, finalmente, soou. A delação da turma do grupo JBS será lembrada nos
livros de história como um dos marcos da derrocada. De agora em diante, tudo é
epílogo para o governo-tampão de Michel Temer.
Confirmando-se
a notícia de que Temer, entre outras estripulia$, foi gravado avalizando a
compra do silêncio de Eduardo Cunha pelo Grupo JBS —‘Tem que manter isso,
viu?’— o substituto constitucional de Dilma Rousseff perde completamente as
condições de presidir o país. Fica definitivamente entendido algo que a delação
da Odebrecht já deixara claro: Temer não é apenas complacente com a podridão.
Junto com o seu PMDB, ele é parte do lixão. Resta decidir como o sistema
político fará a recliclagem.
Temer
apresentara-se como uma “uma ponte para o futuro”. Fernando Herique Cardoso
redefinira sua gestão como uma “pinguela”. Pois bem. Essa versão mais tosca da
ponte, feita de restos do conglomerado corrupto que sustentava as
administrações petistas, explodiu. O estrondo chega antes que Temer aprovasse
as suas reformas econômicas. A recuperação do PIB, que já era frágil, subiu no
telhado. Há 48 horas, Temer celebrava o sucesso do primeiro ano de governo.
Agora, será perseguido pela mesma pergunta que atormentava Dilma: Será que
consegue concluir o mandato?
Nenhum comentário:
Postar um comentário