DE UM LADO CANTAVA O SOL
De
um lado cantava o sol,
do
outro, suspirava a lua.
No
meio, brilhava a tua
face
de ouro, girassol!
Ó
montanha da saudade
a
que por acaso vim:
outrora,
foste um jardim,
e
és, agora, eternidade!
De
longe, recordo a cor
da
grande manhã perdida.
Morrem
nos mares da vida
todos
os rios do amor?
Ai!
celebro-te em meu peito,
em
meu coração de sal,
Ó
flor sobrenatural,
grande
girassol perfeito!
Acabou-se-me
o jardim!
Só
me resta, do passado,
este
relógio dourado
que
ainda esperava por mim . . .
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