QUEM AMA INVENTA
Quem
ama inventa as coisas a que ama...
Talvez
chegaste quando eu te sonhava.
Então
de súbito acendeu-se a chama!
Era
a brasa dormida que acordava...
E
era um revoo sobre a ruinaria,
No
ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos
por uns anjos peregrinos
Cujo
dom é fazer ressurreições...
Um
ritmo divino? Oh! Simplesmente
O
palpitar de nossos corações
Batendo
juntos e festivamente,
Ou
sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó!
meu pobre, meu grande amor distante,
Nem
sabes tu o bem que faz à gente
Haver
sonhado... e ter vivido o sonho!
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