IMAGEM: EDGAR DEGAS |
BAILARINA
Ela, por vezes, se sentia assim:
Voando ao vento...
Os passos, os saltos,
A faziam voar,
Viver no seu elemento.
Era pássaro,
Era anjo,
De plumagem nova,
De desejos vários...
Ela, outras vezes, se sentia assim:
Uma árvore centenária...
As raízes, as dores,
A prendiam na terra,
Era cárcere, sofrimento.
Era fera,
Era demônio,
Coberta de andrajos,
De ambiguidades antigas...
Mas tudo o que ela queria
Era voar,
Saltar acima do que lhe foi
destinado,
Rodopiar em vertiginoso bailado,
E dizer para o mundo
Que era dona do seu destino.
05/12/2016
***
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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