IMAGEM: ARQUIVO GOOGLE |
O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Lá vem o acendedor de lampiões de
rua!
Este mesmo que vem, infatigavelmente,
Parodiar o Sol e associar-se à lua
Quando a sobra da noite enegrece o
poente.
Um, dois, três lampiões, acende e
continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite, aos poucos, se
acentua
E a palidez da lua apenas se
pressente.
Triste ironia atroz que o senso
humano irrita:
Ele, que doira a noite e ilumina a
cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em
que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade
Como este acendedor de lampiões de
rua!
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