quinta-feira, 30 de julho de 2015

NÚBIA NONATO



NEM SEMPRE

E já que a poesia nem sempre
agrada a gregos e troianos,
vou fazer que nem malandro
que na ginga vai se entortando.

Que no "qual é" saca qual é a
sua.

Que na hora de pedir a dose
não faz medida, quem sabe
esbarra num perdulário.

Que tira som da caixinha de
fósforos e exercita o punho
no levantamento de copo.

Que olha a cabrocha de
rabo de olho, doido para
vê-la na horizontal.

Na boa, esse malandro já
saiu da linha, esbarrou na
poesia no momento em que
sonhou.

Tem jeito não, fico com a
poesia e você que se
entenda com o "malandro".




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