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A
GERAÇÃO DIRIGENTE MAIS
CORRUPTA
DE TODOS OS TEMPOS
Por
Luiz Flávio Gomes
12/07/2017
A corrupção veio para o Brasil com as
caravelas de Cabral. O quadrilheiro Sérgio Cabral do RJ só confirma a premissa
(não é exceção). Mas nenhuma geração precedente à da Nova República (1985 para
cá) roubou tanto.
Mesmo durante os golpes e regimes
militares (1889-1894, 1930-1945, 1964-1985) não se roubou tanto como nos
governos do PMDB, PT, PSDB (este junto com o DEM): é o que a Lava Jato está
comprovando fartamente. Qual a razão?
Cada governo foi mais corrupto que o
outro na medida do aumento do PIB. O PIB
brasileiro aumentou exponencialmente no período da Nova República. Está agora
beirando a casa dos R$ 6 trilhões.
Se o Brasil é governado por algumas
máfias políticas, econômicas e financeiras, que dominam grande parte do Estado
e do orçamento público, é óbvio que quanto mais dinheiro, mais roubalheira.
O aumento do dinheiro em circulação
forjou uma geração de partidos, caciques e coronéis (do mundo empresarial,
financeiro e político) que avançam contra o dinheiro público como gafanhotos.
É evidente que temos que distinguir o
joio do trigo; de qualquer modo, a tarefa é implodir o sistema, para
reconstruir o País, somando-se os sobreviventes às novas lideranças.
Tenha em mente os governos
degenerados de Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma, Temer e, talvez, Maia,
apoiados por Aécio, Serra, Renan, Jucá, Lobão, Padilha, Moreira Franco, Cunha,
Geddel e tantos outros.
Tenha em mente empresas e bancos
degenerados como a Odebrecht, a Andrade Gutierrez, a OAS, a Engevix, a JBS,
Eike Batista, agentes financeiros fortes e outros incontáveis empresários
inescrupulosos.
Os caciques que nos governam
corruptamente são irresponsáveis e ilimitadamente gananciosos. O mundo do
grande mercado corrupto praticado no Brasil é uma construção política, social e
econômica que favorece as elites dirigentes e que se mantém pelo medo, pela
opressão, pela violência e pela fraude.
Esses vândalos perversos
(proto-mafiosos) continuam dirigindo o Brasil, apesar de cobertos pelo lamaçal
da desonra e da falta de ética. Alguns fazem isso inclusive de dentro da cadeia
(tal como nas máfias tradicionais). Pior: quase todos estão no jogo político de
2018.
Serão reeleitos? (ou o Brasil vai
acordar e buscar novas lideranças comprometidas com a ética?).
Compreende-se que um povo espoliado e
expropriado vá com seus ídolos canalhas (seus bandidos de estimação) até à
porta do cemitério, mas, convenhamos, entrar na cova junto com eles é um total
disparate.
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Luiz Flávio Gomes é doutor em Direito
Penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri (2001) e
mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da USP (1989). Atuou como
Promotor de Justiça em São Paulo, de 1980 a 1983; Juiz de Direito, de 1983 a
1998; e Advogado, de 1999 a 2001. É criador do Movimento Quero um Brasil Ético.
Jurista e professor em vários cursos de pós-graduação nacionais e
internacionais, é autor de mais de 57 livros da área jurídica.
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