TIRIRICA: UM IMBECIL A SERVIÇO DE ESCROTOS |
CÂMARA COMEÇA A VOTAR
“BOLSA ELEIÇÃO” NA
TERÇA
No distritão, cada Estado passa a ser um distrito eleitoral. Os
partidos
lançam seus candidatos e os eleitores votam nos seus preferidos.
Vão para Brasília apenas os mais votados. Nessa modalidade, os votos
dados a Tiririca enviariam para a Câmara apenas o comediante,
sem nenhum palhaço a tiracolo
Por Josias de Souza
UOL – 04/08/2017/ 04:03
Num instante em que o governo
trombeteia que sua prioridade voltou a ser a reforma da Previdência, os aliados
de Michel Temer no Congresso se equipam para dar preferência a outra matéria: a
criação de uma espécie de ‘bolsa eleição’ — um fundo abastecido com verbas
públicas, para financiar campanhas eleitorais.
Presidente da comissão
suprapartidária que cuida de reforma política na Câmara, o deputado Lúcio
Vieira Lima (PMDB-BA) informou ao blog que a proposta de criação do fundo
eleitoral começará a ser votada no colegiado na próxima terça-feira. “A ideia é
concluir o processo de votação até quinta-feira”, ele acrescentou.
De quanto será, afinal, o fundo?,
perguntou o repórter. E o deputado: “Isso está em discussão. Será um valor
entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões.” Aprovado na comissão, o
fundo irá ao plenário da Câmara. E dali para o Senado. Precisa ser aprovado até
o final de setembro para entrar em vigor na próxima eleição.
Segundo Lúcio, serão votadas
outras novidades além do fundo eleitoral. Entre elas uma proposta que altera o
sistema de escolha dos deputados. Cresce entre os deputados a adesão a um
modelo batizado de “distritão”.
Hoje, o eleitor vota num
candidato de sua preferência e são eleitos os políticos que amealharem mais
votos numa totalização que inclui um coeficiente atribuído à chapa do seu partido
ou da coligação com outras legendas. Nesse modelo, Tiririca recebe mais de um
milhão de votos e arrasta para a Câmara meia dúzia de sujeitos com votação
mixuruca.
No distritão, cada Estado passa a
ser um distrito eleitoral. Os partidos lançam seus candidatos e os eleitores
votam nos seus preferidos. Vão para Brasília apenas os mais votados. Nessa
modalidade, os votos dados a Tiririca enviariam para a Câmara apenas o
comediante, sem nenhum palhaço a tiracolo.
De resto, vai a voto a chamada
cláusula de barreira, que corta o tempo de televisão e o dinheiro público dos
partidos que não conseguirem pelo menos 1,5%
do total de votos para a Câmara distribuídos em nove Estados. Estima-se que, se essa barreira já estivesse em
vigor, haveria no Congresso algo como uma dúzia
de partidos, não 28.
Líder do governo no Senado e
presidente do PMDB, Romero Jucá (RR) disse a Lúcio Vieira Lima que espera
receber as propostas da Câmara até o início de setembro. Presidente do DEM,
Agripino Maia (RN) declarou ao blog que os projetos que afetam o financiamento
e as regras da eleição tendem a monopolizar as atenções do Congresso.
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