quarta-feira, 13 de setembro de 2017

POLÍTICA/OPINIÃO: AUGUSTO NUNES

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 POLÍCIA FEDERAL É OVACIONADA:
O POVO ADVERTE OS CORRUPTOS

Os ladrões crentes no fim da Lava Jato que esperem sentados.
O que vai chegar primeiro é a hora de sentar-se no banco
traseiro do camburão

Por Augusto Nunes
veja.abril.com.br
13/07/2017 – 7h

O grande momento do desfile que celebrou o Dia da Independência em Brasília foi a ovação que acompanhou, do começo ao fim, a passagem de um punhado de integrantes e viaturas da Polícia Federal. Habitualmente reservadas a piruetas aéreas ou tropas em uniforme de gala, as manifestações de carinho e admiração se concentraram na instituição transformada nos últimos três anos num dos símbolos da Operação Lava Jato. As salvas de palmas foram endereçadas à vanguarda da maior ofensiva anticorrupção da história do Brasil.

A leitura do mais recente balanço da Lava Jato, divulgado em 31 de agosto, torna pouco surpreendentes os sons e imagens captados pelo vídeo abaixo. Desde o começo da operação, por exemplo, houve 158 acordos de colaboração premiada firmados com pessoas físicas e 10 acordos de leniência. As 165 condenações aplicadas a 107 réus somam 1.634 anos, sete meses e 25 dias de pena. Já foram contabilizadas oito acusações de improbidade administrativa contra 50 pessoas físicas, 16 empresas e um partido político, exigindo o pagamento de R$ 14,5 bilhões. O valor total do ressarcimento, multas incluídas, é de R$ 38,1 bilhões.



O cortejo de números superlativos seria bem menos impressionante se não estivesse em vigor o instituto da colaboração premiada, utilizado com exemplar eficácia pela Lava Jato baseada em Curitiba. Caso seguisse as regras definidas pela matriz, a sucursal de Brasília comandada por Rodrigo Janot não teria produzido as exceções que estimularam a contra-ofensiva ensaiada pela frente ampla dos corruptos. O desabamento da meia-delação premiadíssima, inventada pelo procurador-geral em parceria com Joesley Batista e Edson Fachin, foi a senha para a mobilização da bandidagem espalhada pelos três Poderes.

Os que sonham com o enterro da Lava Jato fracassarão outra vez. Como informa o balanço de agosto, a velocidade alcançada ao fim de três anos tornou irreversível a dedetização do país. Os larápios de todos os partidos, os comerciantes de propinas e os industriais da ladroagem não se livrarão dos tentáculos saudáveis da Justiça brasileira. Os vilões ainda crentes na vitória que esperem sentados. O que vai chegar primeiro é a hora de sentar-se no banco traseiro do camburão.

 


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