sábado, 25 de junho de 2016

O CANTO DE VÓLIA

CHORO DE UM NAVEGADOR

Ah meu Portugal!
Quantas saudades levo de ti
Como bagagem única nesse mar tão distante...
Sinto-me nesses mares qual fosse um cavaleiro errante.

Distante do teu céu navego agora,
Para terras distantes desbravar,
Comigo levo apenas a dor e o verso,
Para que possa minha saudade cantar.

Deixei no Porto meu coração agrilhoado,
Navego em outros mares,
Mas levo-te no peito e na língua,
Falarei de ti em belos fados,
E da eterna saudade que à minha alegria míngua.

E em novas terras espalharei meu canto,
E a tua poesia será para o Novo Mundo um legado.
Pois, este louvará para sempre os teus poetas,
A língua mãe há de nessas terras criar raízes
E os nossos poetas, eternizados, a tua glória
Assistirão felizes.

***

Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.

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