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ATEMPORAL
(Por Vólia Loureiro do Amaral Lima)
Era no
tempo,
Em
que não se contava o tempo.
Era
tudo agora, eternidade,
Momento.
E o
meu sonho se confundia no teu,
No
tempo que não passava,
E a
vida vagava,
Nas
vagas dos beijos consentidos.
Era
como se fosse para sempre primavera,
E
tudo era quietude, quimera,
E a
preguiça de uma tarde quente,
Amolentava
o corpo indolente.
E
tudo era tão puro...
Não
havia dor, nem pecado.
Havia
apenas o sorrir,
E o
passar das nuvens
Num
céu de brocado.
Porém,
veio a procela,
E
tingiu de dor,
Com as
tintas sanguíneas
Da
indiferença e maldade.
E do
tempo que não era tempo,
Da
doce alegria que nos embalou,
Ficou
apenas o silêncio,
E um
eco na alma, chamado saudade.
05/01/2015
Vólia Loureiro do Amaral Lima, paraibana, natural de Campina Grande,
residindo atualmente em João Pessoa, engenheira civil, poetisa e romancista.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham
(Poesia) e Onde As Paralelas Se Encontram
(Romance). Participou dos concursos II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor
(2013), com menção honrosa e o II Concurso Sensações Facebook, (2º lugar).
Define-se como poeta sem pretensão, que escreve apenas pelo prazer de trazer à
vida o lirismo perdido. É também artista plástica.
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