quinta-feira, 28 de maio de 2015

O CANTO DE VÓLIA

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ATEMPORAL

(Por Vólia Loureiro do Amaral Lima)

Era no tempo,
Em que não se contava o tempo.
Era tudo agora, eternidade,
Momento.

E o meu sonho se confundia no teu,
No tempo que não passava,
E a vida vagava,
Nas vagas dos beijos consentidos.

Era como se fosse para sempre primavera,
E tudo era quietude, quimera,
E a preguiça de uma tarde quente,
Amolentava o corpo indolente.

E tudo era tão puro...
Não havia dor, nem pecado.
Havia apenas o sorrir,
E o passar das nuvens
Num céu de brocado.

Porém, veio a procela,
E tingiu de dor,
Com as tintas sanguíneas
Da indiferença e maldade.

E do tempo que não era tempo,
Da doce alegria que nos embalou,
Ficou apenas o silêncio,
E um eco na alma, chamado saudade.

05/01/2015





Vólia Loureiro Do AmaralVÓLIA, POR ELA MESMO


Vólia Loureiro do Amaral Lima, paraibana, natural de Campina Grande, residindo atualmente em João Pessoa, engenheira civil, poetisa e romancista. Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). Participou dos concursos II Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor (2013), com menção honrosa e o II Concurso Sensações Facebook, (2º lugar). Define-se como poeta sem pretensão, que escreve apenas pelo prazer de trazer à vida o lirismo perdido. É também artista plástica.




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