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aquarela dela
quem
é minha saúde, minha rosa
meu
jajá, meu quindim, minha overdose
quem
é minha verdade, meu caô
meu
tamborim, meu surdo e agogô
meu
Che, meu Fidel Castro, meu palanque
meu
ângelus, meu caos, meu baile funk
quem
é minha orixá, minha maçã
minha
odalisca de Cubanacan
quem
é a minha, a minha foice
a
minha Capitu, meu James Joyce
quem
é minha iaiá e meu ioiô
minha
Naomi Campbell de maiô
quem
é minha nação iorubá
meu
samba, rock'n'roll e chachachá
quem
é a minha flor, a minha ave
a
minha idolatrada salve, salve?
(Deus
pode até ter cometido enganos,
mas
em você acertou todos os planos)
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recado no avião
busco
em você o sol do meu sistema
eu
circulando sempre ao seu redor.
busco
em você o bem e o mal de amor
o
sonho o carnaval e a dor maior
não
sei em que sessão, em que cinema
você
nasceu do mar como sereia,
desde
que encarnação você passeia
na
Ipanema da imaginação
só
sei que é cedo sempre que te vejo
e
acendo o sol de que o desejo é feito
e
fico aqui pairando e percebendo
que
até agora o mundo era imperfeito
Poeta, letrista, escritor, roteirista
e teatrólogo, Geraldo Carneiro nasceu em Belo Horizonte em 11 de junho de 1952.
Aos três anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro.
É autor dos seguintes
livros, entre outros: "Na busca do
sete-estrelo" (Ópera de cordel) (Coleção Frenesi - Mapa Editora,
1974), "Verão vagabundo"
(Editora Achiamê, 1980), "Vinicius
de Moraes: A fala da paixão" (Brasiliense, 1984), "Piquenique em Xanadu" (Espaço & Tempo, 1988),
contemplado com o Prêmio Lei Sarney, "Pandemônio"
(Arte Editora, 1993), "Folias
metafísicas" (Editora Relume-Dumará, 1995), "Leblon: a crônica dos anos loucos"
(Rioarte/Relume-Dumará, 1996).
Traduziu alguns sonetos de
William Shakespeare, publicados na coletânea "Sonhos da insônia"
(Impressões do Brasil, 1997), editada em parceria com Carlito Azevedo. Escreveu
artigos, poemas e ensaios para diversas publicações brasileiras.
(FONTE:
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira)
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