quem diria
ser
cético era sonho de consumo
quando
eu me consumia sendo jovem,
ser
joyce, guimarães ou ser vinicius
no
trânsito das musas musicais,
naquele
tempo ainda não sabia
que
a mim só me cabia ser eu mesmo.
hoje
mudei, Ulisses de mim mesmo,
procuro
minha ilha em Tordesilhas,
uma
sereia que me faça bem,
me
faça mal, me faça quase tudo.
eu
que só tinha credo dos ateus
quero
que a vida voe sempre assim
no
piloto automático de Deus
lulacerda.ig.com.br
os fogos da fala
a
fala aflora à flor da boca
às
vezes como fogos de artifício
fulguração
contra os terrores do silêncio
só
espada espavento espelho
ou
pedra ficção arremessada
ou
canção pra cantar as graças
as
virilhas as maravilhas da amada
a
deusa idolatrada de amor:
essa
outra voz quase jazz
que
subjaz ventríloqua de si mesma
***
o solipsismo
só
lida
com
sua sólida
solidão
Geraldo
Carneiro é autor de várias peças teatrais como "Lola Moreno", em parceria
com Bráulio Pedroso, encenada em 1979 e em 1982, "Folias do coração" e "Apenas bons amigos", ambas em parceria com Miguel
Falabella, encenadas em 1983, além de
"Divina Increnca", "A
bandeira dos cinco mil réis", encenadas em 1986, "Manu Çaruê", ópera performática com música de Wagner
Tiso encenada em 1988, e "Imaginária",
encenada em 1992.
Traduziu "A tempestade", de William
Shakespeare, encenada em 1982 e em 1983 e publicada em 1991 pela Editora
Relume-Dumará. Adaptou "As you like
it" (William Shakespeare), encenada em 1985 e publicada, no ano
seguinte, por Cadernos do Tablado, "Lúcia
McCartney" (Rubem Fonseca), encenada em 1987, "Lulu" (Frank Wedekind), encenada em 1989, "As 1001 Noites", encenada
em 1991, e, em parceria com Millôr Fernandes, "A Megera Domada" (William Shakespeare).
(FONTE:
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira)
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