sexta-feira, 15 de maio de 2015

DALINHA

Dalinha Catunda é poetisa, cordelista e declamadora
www.cantinhodadalinha.blogspot.com
www.cordeldesaia.blogspot.com

O CANTO DA GUERREIRA

Ipueiras é meu canto

Que canto em tom de saudade.

O frouxo riso da infância,

Os gozos da mocidade

Da semente ali plantada

Brotou a minha verdade.

***

Chão da menina feliz,

Que adorava cirandar,

No gira-gira da vida.

Tão faceira a namorar,

No seu mundo de alegria,

Gostava de se encantar.

***

Ipueiras das serestas,

Invadindo becos, ruas.

Dos jovens apaixonados,

Cantando ao clarão da lua.

Da figura de mulher,

Na janela seminua.

***

Cenário de inocência.

Caminhos de perdição.

Roteiro de uma vida,

Transbordante de emoção,

Uma guerreira, uma lenda,

Ali demarcou seu chão.

***

Na flor da maturidade,

Carrega seu esplendor.

Sem medo da hipocrisia,

Iça o estandarte do amor.

Beija com todo respeito,

A bandeira que hasteou.


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