OLHOS DE VER
Debruças
na janela apreciando
o
movimento da vida que segue
a
tua revelia.
Pássaros
em profusão cantam
e
seguem.
Borboletas
arredias anseiam pelas
flores
de teu jardim, mas suspiras
alto
e elas seguem.
Gavião
passa longe mas emite
seu
recado e segue.
O
tempo não se faz de rogado
esconde
o sol, espanta os
visitantes
e segue.
Tu
te acovardas, puxas as cortinas
e
se esvai da janela.
A
solidão não faz moradia em quem segue
ela
se entranha em quem não tenta enxergar
nuances
na neblina.
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