sexta-feira, 28 de março de 2014

BRUNO NEGROMONTE

ESTÓRIAS E HISTÓRIAS DA MPB – PARTE 07
A personagem que hoje trago ao espaço do Lando ainda hoje é considerada uma das grandes intérpretes da nossa música popular brasileira. Referencia para muitas das cantoras que hoje frequentam os palcos brasileiros, Isaurinha Garcia foi considerada por muitos como a Edith Piaf brasileira ao longo dos seus mais de quatro décadas de carreira e cerca de 300 gravações.
Sua carreira teve início na década de 1930 e foi inspirada principalmente por nomes como Carmen Miranda e Aracy de Almeida e hoje, na semana em que completa-se duas décadas que ela partiu para o andar de cima, gostaria de trazer algumas histórias e curiosidades sobre a sua carreira.
A primeira história vem da época em que ela ainda era aspirante a cantora e participava de alguns programas de calouros. Muitas vezes sem dinheiro para apanhar o bonde Isaurinha ía a pé arriscar a sorte em alguns programas de calouros de sua cidade. Em sua primeira participação foi gongada, mas a partir da segunda já começou a ter o seu talento reconhecido e tirou primeiro lugar interpretando a canção “Camisa listada”, do Assis Valente.
Já consolidada como cantora ela recebe o título de rainha da rádio paulista e não sei o porquê a comemoração deste título não se deu na rádio paulista a qual Isaurinha estava vinculada, e sim em uma excursão no Nordeste, onde na Rádio Jornal do Commercio, situada em Recife, capital pernambucana, acabou criando um forte vínculo de amizade com o então radialista Fernando Castelão.
Dentre as curiosidades biográficas da cantora não poderia deixar de dizer que ela foi casada com um pernambucano. Sim! Um pernambucano… Isaurinha foi casada com Walter Wanderley, instrumentista já abordado por mim em um momento anterior aqui no JBF. Walter consolidou a sua carreira no exterior de modo bastante exitoso.
Quero deixar aqui para os amigos fubânicos duas canções do repertório da Isaurinha. A primeira canção trata-se de “Teleco-Teco”, composição do Murilo Caldas e do Murilo Caldas, gravada originalmente em 1942:
A segunda canção aqui apresentada trata-se do samba “Velho Enferrujado”, canção composta pela dupla Walfrido Silva e Gade e gravada originalmente pela cantora em 1950:

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