terça-feira, 17 de novembro de 2015

CLÓVIS CAMPÊLO

FOTOGRAFIA: CLÓVIS CAMPÊLO


BARCOS NA BACIA DO RIO PINA

Segundo o site Pesca Nordeste, em artigo assinado por Chrony Joseph, a capital pernambucana é conhecida mundo afora como a Veneza brasileira. O emaranhado de rios que entrecorta a metrópole nordestina lembra os canais da cidade italiana e faz da presença ribeirinha uma realidade sempre presente na vida de seus conterrâneos. Hoje, já fortemente marcada pela presença humana, não mostra mais a exuberância de outrora, porém, mesmo após anos de agressão, a vida natural teima em mostrar a sua resiliência.

Um exemplo palpável dessa realidade é a Bacia do Pina, composta pelas confluências dos rios Capibaribe (braços sul), Tejipió, Jordão e Pina. Com características estuarinas, a região sofre os impactos ambientais causados pelo homem, principalmente despejos de esgotos domésticos e industriais. Tem grande importância para a população local, pois é a principal fonte de alimentação de comunidades carentes que subsistem em seu entorno através da pesca.

CLÓVIS CAMPÊLO



Segundo matéria publicada no Jornal do Commercio do Recife, em 14/3/1999, assinada por Alex Maurício Araújo, a Bacia do Pina está situada após a bacia portuária do Porto do Recife, em plena zona urbana da cidade e é separada do Oceano Atlântico por meio de um dique, o qual impede o contato direto de suas águas com as do mesmo. Possui uma extensão de aproximadamente 3,6 quilômetros e larguras variáveis, sendo a mínima de 0,26 quilômetros, e a máxima de 0,86 quilômetros, perfazendo uma área total de espelho d'água de aproximadamente 2,02 quilômetros quadrados.

É um ambiente dinâmico do ponto de vista hidrográfico com características estuarinas sujeitas à ação das marés provenientes do Porto do Recife e às alterações ambientais devido aos despejos de efluentes domésticos e industriais nos seus rios formadores (Tejipió, Pina, Jordão) e contribuinte (Rio Capibaribe via braço morto e antiga ponte giratória). Durante o verão, época mais crítica em termos ambientais, a contribuição das vazões dos rios fica minimizada relativamente à das águas do mar.

Bairro do Pina/ Recife, 2000



Nenhum comentário:

Postar um comentário