terça-feira, 13 de outubro de 2015

O CANTO DE VÓLIA

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ALGEMAS

Não sei por que em ti permaneço...
E das horas doídas, das palavras amargas,
De todos os dissabores que vêm de ti,
Sempre me esqueço.

Não sei por que não bato a porta,
E sigo sem olhar para trás.
Já tentei tantas vezes...
E sempre volto, pedindo paz.

Não sei por que a minha autoestima
Não consegue ser maior que essa coisa,
Que nem sei se devo chamar de amor,
Porque amor deve ser paz e não dor.

Não sei por que...
Não te vejo com olhos de meio dia,
Mas sempre com olhos de amanhecer,
E uma tênue esperança fica no ar.

Mas tudo tem a hora certa,
A qualquer momento o meu coração desperta,
E dessa prisão de ti, vou-me sentir liberta,
E a alma novamente voltará a sonhar.


(17/11/2014)


Vólia Loureiro Do Amaral
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 


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