SONETO DO DISPARATE VERMELHO
Um
dia, pintei-me de vermelho
só
para negar ao mundo
o
seu azul mais profundo,
do
qual não quis ser o espelho.
Também
neguei o poeta
que
pintara os seus sapatos
no
mesmo tom insensato,
na
sua matriz predileta.
Prossegui
no disparate
de
uma nova fantasia,
iniciando
o embate,
dessa
nova alegoria,
e
nesse novo arremate,
reinventando
a poesia.
Recife,
2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário