A ESPERANÇA DE UM POETA
Esperei
tanto tempo pelo teu amor...
E
quando te encontrei, me fiz raio de luar,
Para
poder chegar mansamente,
E,
assim, não te assustar.
Sei
que és um sabiá,
Que
vives a cantar,
Sem
pouso ou parada certa.
Por
conta disso, a porta do meu coração,
Permanece
aberta.
Não
entendo muito dos teus sonhos,
Mas
sei fazer poesia,
Sei
transformar a dor,
Em
um poema,
Uma
elegia.
E
quando te vejo meu sabiá,
Eu
vejo a dor do teu olhar,
Eu
ouço teu canto,
E
com ele me encanto,
E
passo a sonhar.
Sonho
que um dia possas me olhar,
E,
nas tuas asas, eu também possa voar.
Sonho
que no teu ninho,
Haja,
para mim, um lugar.
E
que, por um segundo, me dediques o teu cantar.
Mas
tudo é apenas sonho...
Quem
sou eu, um pobre poeta,
Para
desejar chegar às estrelas,
Levado
pelas tuas asas!
Só o
que me resta é sonhar...
E
ficar na janela,
Varando
as madrugadas,
Esperando
os raios de Sol,
Na
esperança angustiosa,
De
ouvir teu canto,
E te
ver voando ao longe,
E
assim, manter esse encanto,
Que
me faz te amar tanto,
A
ponto de me esquecer de mim.
(08/08/2014)
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica..
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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