Há expressões que,
embora engraçadinhas, bonitinhas mesmo, não servem para nada. Um exemplo? Pois
não. O poeta morre e logo vem uma legião sentenciando: “Ele virou passarinho”.
Não sei de poeta que,
em sendo poeta de fato, não tenha sido passarinho em vida. Não faz sentido
dizer que, depois de morto, “virou” passarinho. Melhor dizer que ele continua o
mesmo de sempre: passarinho – um passarinho que foi voar em outras freguesias.
Parabéns pela bela postagem, Orlando Silveira! Lembrei-me da composição de Luiz Vieira, que diz: "Sou menino-passarinho com vontade de voar..."
ResponderExcluirPreludio pra ninar gente grande (menino passarinho)
Luiz Vieira
Quando estou nos braços teus
Sinto o mundo bocejar.
Quando estás nos braços meus
Sinto a vida descansar.
No calor do teu carinho
Sou menino-passarinho
Com vontade de voar.
Sou menino-passarinho
Com vontade de voar.
Um grande abraço.