terça-feira, 25 de novembro de 2014

SOBRE POETAS E PASSARINHOS

vilamamifera.com

Há expressões que, embora engraçadinhas, bonitinhas mesmo, não servem para nada. Um exemplo? Pois não. O poeta morre e logo vem uma legião sentenciando: “Ele virou passarinho”.

Não sei de poeta que, em sendo poeta de fato, não tenha sido passarinho em vida. Não faz sentido dizer que, depois de morto, “virou” passarinho. Melhor dizer que ele continua o mesmo de sempre: passarinho – um passarinho que foi voar em outras freguesias.


Um comentário:

  1. Parabéns pela bela postagem, Orlando Silveira! Lembrei-me da composição de Luiz Vieira, que diz: "Sou menino-passarinho com vontade de voar..."

    Preludio pra ninar gente grande (menino passarinho)
    Luiz Vieira
    Quando estou nos braços teus
    Sinto o mundo bocejar.
    Quando estás nos braços meus
    Sinto a vida descansar.

    No calor do teu carinho
    Sou menino-passarinho
    Com vontade de voar.
    Sou menino-passarinho
    Com vontade de voar.

    Um grande abraço.

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